sexta-feira, 15 de junho de 2012

Tarde de Homenagem e Emoção!

A professora Ceiça homenageia os alunos de Pedagogia 2012.1 na sala da Grecom, foi uma tarde de muita alegria, descontração e emoção!

                          A homenagem

quinta-feira, 14 de junho de 2012

E se Chico Lucas participasse do Rio+20? Como seria?




A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 junho de 2012, contará com representantes dos 193 Estados-membros da ONU e com milhares de participantes dos mais variados setores da sociedade civil.

Um pensamento não para de me remoer... E se Chico Lucas participasse desse evento? Certamente, surgiriam milhares de contribuições por parte do inventor do conhecimento.

Uma das questões que serão abordadas no evento está no convite e participação da sociedade acerca da "grande" pergunta:  “Se você pudesse construir o futuro, o que você gostaria de fazer?”. Esta é a pergunta fundamental que as Nações Unidas fazem à sociedade civil na campanha “O Futuro que Queremos”

Ah! como seria prazeroso ver e ouvir o intelectual da tradição postulando suas idéias e pensamentos. Certamente, deixaria muito chefe de Estado boquiaberta!

terça-feira, 12 de junho de 2012

O Pesquisador e o Professor... O contrário também é justo!


O Professor é  o Pesquisador...

Pesquisar significa, portanto, a aliança entre o professor e a sua prática pedagógica. Cabe ao professor o comprometimento com seu papel, despindo-se da postura autoritária e detentora do conhecimento e trabalhando com os alunos como uma equipe, companheiros de trabalho em busca do conhecimento.


O Oleiro

A partir de uma 'ecologia das idéias e da ação', Chico Lucas nos ensinou muitas coisas. Por tudo isso, julgamos imprescindível construirmos interpretações do mundo que façam dialogar modelos explicativos distintos, mas complementares entre si. Ouvir Chico Lucas faz parte, para nós, dessa nova construção.







Todos nós podemos ser os produtores do conhecimento. Não reprodutores! Respeito, reconhecimento e outras construções de saberes, são alicéceres para uma pedagogia qe componha a autoformação do sujeito...  É preciso alargar, ampliar o conceito de intelectual. Intelectual é todo aquele que sistematiza seu conhecimento, a partir da curiosidade!

domingo, 10 de junho de 2012

O intelectual da Tradição

Sou Francisco Lucas da Silva, conhecido como Chico Lucas. Meus pais, Manoel Lucas da Silva e Maria Cesária da Silva, conhecida como Maria Lucas da Silva. Nasci no dia 17 de julho de 1942, em Areia Branca - Piató, no município de Assu, Rio Grande do Norte, e permaneço aqui até hoje. Na década de 1950, que foi uma década de seca, meu pai achou por bem procurar por dias melhores e, aos onze anos de idade, em 1953 a gente foi para o Ceará e moramos três anos no Distrito de Feiticeiro. Quando chegamos lá papai arrumou logo uma vazante no açude e plantou muito arroz, rama de batata e arrumou uma pescaria pra Zé, meu irmão, e fomos tocando a vida. A gente morava vizinho a um sapateiro, era um sapateiro mesmo, que fazia sapato de sola. Aí arrumei logo um trabalho com ele. O cara fazia aqueles sapatos de vaqueta de couro e tinha que engraxar, e eu comecei a dar polimento nos sapatos. Por conta disso, ele deu as contas ao polidor que engraxava antes e eu fiquei trabalhando como engraxate. Além desse trabalho na sapataria, trabalhei também numa padaria. Tinha uma padaria que o dono pagava para botar água na padaria, pegando do açude com um galão de água. Na época não tinha água encanada em canto nenhum, nem nas capitais. A água era carregada em carroça, em carro de boi, aí eu arrumei com o dono da padaria para toda tarde ir lá botar água. Trabalhava na sapataria de manhã, e de tarde na padaria, botando também aquelas massas nas assadeiras para assar no forno. Em 1956 a gente veio de volta para o mesmo canto, para a mesma comunidade, morar na mesma casa. Em 1964, aos 22 anos, me casei com D. Maria - Maria Auxiliadora Paiva da Silva - que conheci em 1960 quando José Constantino, que era um comerciante da cidade de Assu, encontrou a propriedade dos herdeiros do Vermelho e procurou um vaqueiro. Esse vaqueiro veio morar em Alto Rodrigues e terminou sendo meu sogro. Foi assim que eu conheci Dona Maria. Desde que me casei morei em três casas. Morei primeiro numa casinha de taipa que foi desocupada na fazenda onde meu sogro era vaqueiro. Minha família foi crescendo e tive que construir outra casa. Fiz uma casinha de taipa maior. E a família continuou crescendo. Eu tive que fazer essa casa que moro hoje, uma casa com 21 metros de comprimento para poder caber eu, Maria e os treze filhos: João Batista da Silva; Manoel Neto; José Wilson; Antônia Auxiliadora; Antônio Nazareno; Francisco de Assis; Vicente Paulo; Luís Carlos; Maria da Conceição; Maria de Fátima; Marcos Antônio; Maria Lúcia (Mara) e Maria Márcia. Quando eu era criança, fiquei muito frustrado porque tinha uma curiosidade grande para aprender, mas a gente precisou trabalhar para sobreviver e freqüentei a escola pouco tempo.

A mãe Natureza

    Entardecer na  lagoa do Piató



A Natureza é força-mãe de todos os símbolos e tempos. Depois disso, ninguém explica mais nada:

O homem fez um motor
um rádio e televisão
fabricou um avião
obra de tanto valor
o homem fez um motor
prá correr nas profundezas
fez uma cama e um mesa
um revolver e um faca
morre e não faz uma jaca
que é fruto da natureza


O poeta e repentista Zé Vicente da Paraíba também reivindicou em seus versos o supremo poder da natureza diante do homem:


a abelha por Deus foi amestrada
sem haver um processo bioquímico
até hoje na houve nenhum químico
pra fazer a ciência dizer nada
o buraco pequeno da entrada
facilita a passagem com franqueza
uma é sentinela de defesa
e as outras se espalham no vergel
sem turbina e sem tacho fazem mel
quanto é grande o autor da natureza